sábado

:: FLORESTA TROPICAL

:: FLORESTA TROPICAL


O que é uma floresta tropical?
Falando de forma geral, floresta tropical é um ambiente que recebe muita chuva, onde predominam as árvores altas. Uma grande parte dos ecossistemas entra nessa categoria, incluindo as antigas florestas temperadas do noroeste do Pacífico. Mas na maioria das vezes quando as pessoas falam sobre florestas tropicais, se referem àquelas localizadas perto da linha do Equador.
Estas florestas, concentradas na África, Austrália, Ásia e Américas Central e do Sul recebem entre 406 a 1016 mm de chuva por ano. Diferentemente das florestas mais distantes ao norte e sul, florestas tropicais não têm uma "estação seca". Na verdade, elas não têm estações diferenciadas. O total de chuvas anuais é bem distribuído durante o ano todo, e a temperatura raramente cai abaixo dos 16ºC.

O clima estável se dá devido à posição dessas florestas no globo. Devido à orientação do eixo da Terra, os hemisférios norte e sul passam parte do ano inclinados em relação ao sol. Como as florestas tropicais estão na metade do globo, localizadas perto da linha do Equador, elas não são afetadas por essa mudança. Por isso, recebem quase o mesmo tanto de luz solar e de calor o ano todo. Conseqüentemente, o clima nessas regiões permanece razoavelmente constante.

O clima constantemente úmido e quente e a ampla luz do sol dá às plantas tudo que elas precisam para se desenvolver. As árvores têm os recursos para crescer a alturas espetaculares e elas vivem por centenas, até milhares de anos. Estas árvores gigantes, que atingem de 18 a 46 metros, formam a estrutura básica da floresta. Seus galhos mais altos se espalham para capturar o máximo de luz solar. Isso cria uma grossa cobertura no topo da floresta, com níveis menos densos de vegetação na parte inferior. Algumas árvores grandes, chamadas emergentes, crescem a mais de 75 metros e chegam a cobrir a copa das árvores.


Foto cedida por Todd Fearer
Estas árvores cresceram sobre a cobertura da floresta


Quanto mais você desce na floresta, menos vegetação encontra. O solo da floresta é feito de musgo, fungos e matéria de plantas que cai das camadas mais altas. O motivo para a diminuição na vegetação é muito simples: a superabundância de plantas colhendo luz solar no topo da floresta bloqueia a maior parte da luz solar que poderia atingir a base da floresta. Os níveis mais baixos da selva são muito escuros, dificultando o desenvolvimento de plantas robustas. Apenas 1% da luz que ilumina as florestas atinge os níveis mais baixos.

Isso permite uma fascinante comunidade biológica onde uma planta tenta sobreviver para alcançar 30 m de altura, e a maioria do alimento para os animais vem de cima. Nas próximas seções, veremos algumas das plantas e animais das selvas para entender como eles vivem e interagem nesse mundo suntuoso e altamente competitivo.

:: ERA - MOTHER

:: ORQUIDEAS


A família das orquídeas
As orquídeas estão espalhadas por todo o mundo, mas é nas regiões mais quentes que são encontradas em maior abundância e variedade. A família das orquídeas conta com 35 mil espécies, além das aproximadamente 65 mil formas híbridas.

Sara Otero



A família das orquídeas conta com 35 mil espécies descritas, além das aproximadamente 65 mil formas híbridas produzidas por cruzamento de forma espontânea e cultivada. Existem orquídeas das mais variadas dimensões, desde pequenas plantas com flores do tamanho da cabeça de um alfinete, até plantas que chegam a ter três metros de altura.

As orquídeas pertencem à família Orchidacea, são plantas monocotiledóneas, com nervação paralelinérvia e as flores típicas da orquídea são formadas por três sépalas e três pétalas. Uma dessas pétalas, o labelo, é na maioria das vezes maior e mais vistosa. A orquídea é uma flor hermafrodita (componente masculina e feminina na mesma flôr), floresce apenas uma vez por ano e a sua floração dura 3 dias a 1 mês, variando de acordo com a espécie.


As orquídeas estão espalhadas por todo o mundo, desde o Árctico até aos Trópicos, mas é nas regiões mais quentes que são encontradas em maior abundância e variedade de cores e formas. Em relação à altitude, podem ser encontradas desde o nível do mar até as regiões mais altas, como nos Himalaias, sendo mais frequentes entre os 500 e 2000 metros.


Cada espécie de orquídea tem a sua particularidade, o seu habitat peculiar e as suas exigências para viver. Algumas espécies mais comuns são fáceis de manter e florir, outras são muito raras e difíceis, tanto de manter a planta saudável, como de obter as condições necessárias para que a planta dê flor. Cada tipo de orquídea é atraente para um tipo de insecto, e as formas, tamanhos e cores irão variar de acordo com a(s) espécie(s) que as poliniza(m). Existem, por exemplo, orquídeas que são polinizadas por moscas, que têm flores pequenas de cor vermelho escuro combinando com verde pálido, que imitam a carne em decomposição, tendo muitas vezes um odor desagradável. Aquelas que são polinizadas por colibris investem no vermelho, ou em cores fortes, preferidas destas aves, tendo também grande quantidade de néctar. Mas, se gastam em néctar, economizam em odor, visto que estas aves praticamente não têm olfacto.



Phalaenopsis sp. (género de orquídeas epíticas)

A classificação das Orquídeas depende do local onde vivem, podendo ser agrupadas em:


EPÍFITAS: desenvolvem-se sobre as árvores, usando-as apenas como suporte. Constituem a maioria das orquídeas cultivadas, por apresentarem menor dificuldade no trato diário.


RUPÍCULAS: vivem sobre as pedras, em locais super quentes; as raízes ficam escondidas por baixo do limo que nasce nas fendas das rochas.


TERRESTRES: crescem sobre o solo, onde fixam as suas raízes. Vivem em locais cuja terra é rica em material orgânico, resultante da decomposição das folhas.


SAPRÓFITAS: são raríssimas, dependem da matéria orgânica em decomposição e são desprovidas de clorofila; desenvolvem-se com a ajuda de um fungo, crescendo no húmus das florestas e chegando a florir debaixo do solo. Apresentam flores pequenas e pálidas.


Existem diversos factores que influenciam o seu crescimento e desenvolvimento:

ÁGUA


As chuvas prolongadas e regas excessivas são a principal causa do apodrecimento das raízes, porque estas recebendo água em excesso e sem o necessário arejamento, acabam por entrar em decomposição devido à expansão de fungos e bactérias. Assim, é preciso abrigar as plantas do excesso de chuva, com uma cobertura de plástico ou vidro, pelo menos a três metros de altura, permitindo a indispensável ventilação, ou transportá-las para um lugar abrigado nos dias de chuva. O substrato dos vasos deve estar sempre ligeiramente húmido, mas nunca encharcado. Uma rega abundante pela manhã, é o suficiente para manter o substrato húmido por vários dias, dependendo da localidade e da humidade ambiente. É possível que uma ou outra planta, precise de nova rega no dia seguinte, mas de modo geral, deve-se molhá-las somente quando o substrato estiver seco.


Realce-se que cada género e, às vezes, cada espécie, tem exigências particulares. De uma maneira geral, rega-se abundantemente até a água escoar pelos furos do vaso e aguarda-se que o substrato seque. Embora esta regra não seja válida para todas, a possibilidade de errar é menor, pois é mais fácil matá-las pelo excesso de água do que pela seca. Observa-se que diversos factores fazem com que o substrato seque mais depressa ou mais lentamente, tais como, o tipo, o material e o tamanho do vaso, a intensidade da luz, a temperatura, a circulação do ar e a humidade ambiente.


Não se devem manter os vasos directamente sobre pratos pois a água acumulada impede a oxigenação das raízes e é imprescindível que uma boa ventilação chegue até as raízes. Pode-se colocar pedras no prato, com um pouco de água, desde que não atinja a base do vaso. Em dias muito quentes, é aconselhável borrifar água em volta da planta, com cuidado para não molhar a junção das folhas. Para facilitar a drenagem da água, deve-se preencher cerca de 1/3 do vaso com cacos de telha limpos.


Os vasos mais indicados são os de barro cozido, pois têm a capacidade de absorver e transpirar a humidade excessiva, reduzindo o perigo de encharcamento. Há também vasos com formatos especiais, com diâmetro maior que a altura, com três furos de drenagem e com orifícios para serem pendurados. Muitos orquidófilos preferem cultivar orquídeas em "gaiolas", armadas com sarrafinhos de madeira atados por um arame de cobre. Esse recipiente elimina a necessidade de materiais de drenagem, além de ser indispensável para algumas espécies que dão flores por baixo do raízame.


As plantas recém divididas também precisam de um regime de rega um pouco diferente, visto que as suas raízes não têm o mesmo poder de absorção, devendo-se somente borrifar o substrato durante 3 semanas e só quando começarem a surgir as raízes, voltar a regar normalmente.

LUMINOSIDADE


Em geral, as orquídeas não devem receber luz solar directa, com excepção dos primeiros raios matinais. Por este motivo é necessário abrigá-las à sombra de um ripado ou sob a folhagem das árvores, em condições semelhantes àquelas em que vivem na natureza. Além disso, agradecem um complemento de luz artificial no Inverno, quando os dias são muito curtos.


É fácil verificar se a quantidade de luz é suficiente, bastando observar a cor das folhas: se estas conservarem uma cor verde-alface, significa que o equilíbrio de luz está perfeito, se o verde se tornar mais escuro, tendendo para o verde garrafa, há insuficiência de luz. Se a cor das folhas atingir um verde amarelado, há sinais evidentes de excesso de luz e isso poderá causar uma grave desidratação da planta e consequente atrofiamento. Neste caso, é aconselhável proteger as plantas com tela de nylon, ou outro material. Numa estufa, a pintura dos vidros com água de cal, é muito útil, especialmente no Verão.


O ripado oferece um bom controlo da luminosidade. Os ripados devem ser construídos em local que recebam sol pleno e as ripas devem ser dispostas no sentido norte-sul, de modo a que a iluminação solar se desloque no sentido leste-oeste, iluminando directamente as folhas de cada exemplar durante poucos minutos. A velocidade do deslocamento da luz e da sombra depende também da altura do ripado: os mais altos fazem a luz passar mais rápido. Na face sul é preciso construir um muro para interceptar os ventos mais fortes. No interior do ripado, constrói-se um estrado, de madeira ou alvenaria, com 1 metro de largura e passagem dos 2 lados. Sob o estrado, podem cultivar-se avencas, begônias e outras plantas, o que ajuda a aumentar a humidade do ar. Sobre o estrado, convém dispor as orquídeas terrestres que requerem menos luz, no tecto penduram-se as orquídeas que exigem mais luz, mas não em grande número, de modo a evitar que façam muita sombra às outras plantas.


TEMPERATURA


As orquídeas de clima quente são aquelas que toleram temperaturas mais elevadas, em torno de 35ºC, no Verão, e até picos mais elevados, não se adaptando a temperaturas abaixo de 15ºC. As de clima temperado, são plantas mais adequadas a temperaturas entre 15º e 28ºC. Para as de clima frio, a temperatura máxima deverá rondar os 20ºC, raramente se elevando a 25ºC, e a mínima os 0ºC.


De modo geral resistem bem a temperaturas um pouco mais elevadas, ou mesmo menores, desde que não permaneçam expostas a tais extremos por períodos prolongados.



Stanhopea sp. (género de orquídeas epíticas)

VENTILAÇÃO


A ventilação é um factor muito importante para o êxito da cultura de orquídeas, devendo procurar-se sempre um lugar bem arejado e ventilado. Nas regiões frias as plantas devem ser protegidas durante o Inverno, o mesmo não acontecendo nas regiões de clima quente ou ameno, onde o arejamento deverá ser permanente. Dentro das residências, a ventilação é um ponto muito importante. Sem ela não há possibilidade de se cultivar orquídeas. Sempre que possível convém deixar as janelas abertas, dado que o movimento constante do ar é uma garantia de saúde das plantas.


ADUBAÇÃO


A planta deve ser adubada apenas em pleno desenvolvimento vegetativo. Existem muitos adubos preparados especialmente para o cultivo das orquídeas. As fórmulas mais usadas são: NPK 30-10-10, (N = Nitrogénio, P = Fósforo e K = Potássio), para as plantinhas novas em fase de crescimento e para estimular a rebentação e enraizamento das plantas adultas; 18-18-18 ou 20-20-20 para o crescimento em geral, 10-30-20 para os quatro a seis meses que antecedem a floração e 7-6-19 para o período próximo à floração, até ao momento em que os botões estão formados. Uma adubação completa deverá ter, além destes elementos, Magnésio, Ferro, Manganês, Boro, Cobre, Zinco e Molibdénio.


HUMIDADE


Na medida do possível deve manter-se a humidade relativa do ar entre 40 a 80%; se não for possível mantê-la de modo natural, deve utilizar-se irrigação artificial, de preferência com bicos de nebulização, que deixam apenas uma névoa que em alguns casos não chega ao chão.

Leituras Adicionais

Orquídeas - nativas também de Portugal

As plantas de interior

A Natureza em Casa

Plantas em casa

Insectos, plantas e jardins

Poda

Luz

Temperatura

Humidade

:: ORQUIDEAS



:: ORQUIDEAS



:: FLORESTA ECUATORIAL


FLORESTA EQUATORIAL
Nas zonas equatoriais chove sempre durante todo o ano, não havendo
nunca uma estação seca. A temperatura também nunca é limitante. Por
isso, o clima destas regiões é muito homogéneo ao longo do ano.
Por outro lado, devido às condições ambientais
favoráveis, a floresta equatorial é dos
ecossistemas com maior complexidade, sendo
pluriestratificado:
árvores gigantes isoladas
estrato arbóreo superior
estrato arbóreo médio e
estrato arbóreo inferior.
As árvores têm raízes pouco
profundas pois os nutrientes
encontram-se apenas nas
camadas mais superficiais do
solo. Cerca de ¾ do peso das
raízes das árvores estão nos
primeiros 25 cm de solo. Por
isso as árvores precisam de
estruturas adicionais para
terem estabilidade – raízes
aéreas em forma de
contraforte.
Os solos são geralmente ácidos e muito
pobres em nutrientes devido à
lexiviação intensa provocada pela elevada
precipitação.
Estas duas características parecem estar em
contradição com a exuberância da vegetação. No
entanto, a maior parte dos nutrientes encontrase,
não no solo, mas na fitomassa.
Assim que qualquer parte da fitomassa morre é
rapidamente decomposta pelos microorganismos e
os nutrientes libertados e absorvidos pelas plantas.
Quando a floresta é destruída (queimada, cortada)
os nutrientes que se encontravam na fitomassa são
exportados do ecossistema. Por outro lado, o solo,
sem a vegetação a protege-lo sofre intensa erosão.
Assim se explica o insucesso na transformação
destas florestas em zonas agrícolas.
Uma vez que no clima equatorial as condições de temperatura e
precipitação são as mais favoráveis em todo o planeta, a natureza
investe por forma a maximizar os recursos disponíveis – surge assim
o ecossistema com maior produtividade primária.
Por definição o homem não consegue alcançar nas suas
culturas/plantações maior produtividade primária do que a floresta
equatorial.
Mesmo que não houvesse erosão do solo aquando da destruição da
floresta e disponibilidade de nutrientes, o homem não consegue que as
suas culturas/plantações tenham uma estrutura pluriestratificada que
maximize os recursos disponíveis, como o faz a natureza.
Na floresta equatorial a maioria das espécies são árvores, lianas e
epífitas (plantas que vivem sobre as outras plantas, sem serem parasitas,
apenas as utilizam como suporte)
Nesta floresta há uma grande competição pelo factor ambiental LUZ. A
água e a temperatura raramente são limitantes.
A competição pela luz e a disponibilidade de água e as condições
favoráveis de temperatura possibilitam a existência de um ecossistema
pluriestratificado.
As plantas adquirem os tipos epífitas, lianas ou árvores, que lhes
permitem obter bons níveis de luminosidade.
As árvores têm de investir uma elevada quantidade de material
lenhoso no tronco para alcançarem o porte arbóreo (recorde-se que
algumas árvores podem alcançar 100 m de altura). No entanto, a partir
do momento em que as árvores atingem um porte que lhes permite
obter luz em abundância, deixam de ter factores limitantes.
As lianas, como têm os caules volúveis, não necessitam de um tão
elevado investimento de matéria orgânica para obterem luz como as
árvores, pois enrolam-se à volta do tronco daquelas, acompanhando o
seu crescimento.
As epífitas também não necessitam de um grande consumo de matéria
orgânica para obterem radiação suficiente pois fixam-se aos ramos das
árvores, muitas vezes nos ramos superiores, onde a luz não é factor
limitante. As epífitas encontram-se, no entanto, limitadas pelo factor
ecológico água. Como não se encontram enraizadas no solo, apenas
podem existir em climas com precipitação elevada durante todo o ano.
Numa floresta equatorial a pernada de uma árvore pode suportar o peso
de várias toneladas de epífitas.
Epífitas
Devido às condições ambientais favoráveis, as florestas equatoriais são
os ecossistemas com maior diversidade vegetal e animal do planeta.
Diferenças entre a floresta equatorial e a
Laurisilva:
a floresta equatorial é mais complexa,
com maior nº de estratos, árvores de
maior tamanho e folhas bastante maiores
e maior nº de lianas e de epífitas
Floresta equatorial Laurisilva
Florestas equatoriais
Nas florestas equatoriais todo o espaço é aproveitado.
Localização das florestas equatoriais
Como se pode observar, as florestas equatoriais
localizam-se nas regiões equatoriais onde nunca há
um período seco.
Elaborado por Teresa Calvão

:: FLORESTA ECUATORIAL

jueves

:: FLORESTA AMAZÓNICA

:: FLORESTA AMAZÔNICA

Localização, tamanho e clima
A Amazônia está situada em sua porção centro-norte; é cortada pela linha equatorial e, portanto, compreendida em área de baixas latitudes. Ocupa cerca de 2/5 do continente e mais da metade do Brasil. Inclui 9 países (Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela). A Amazônia brasileira compreende 3.581 Km2, o que equivale a 42,07% do país. A chamada Amazônia Legal é maior ainda, cobrindo 60% do território em um total de cinco milhões de Km2. Ela abrange os estados do Amazonas, Acre, Amapá, oeste do Maranhão, Mato Grosso, Rondônia, Pará, Roraima e Tocantins.
O clima é do tipo equatorial, quente e úmido, com a temperatura variando pouco durante o ano, em torno de 26ºC.É muito comum na região, os períodos de chuva provocados em grande parte pelo vapor d'água trazido do leste pelos ventos.
A grande bacia fluvial do Amazonas possui 1/5 da disponibilidade mundial de água doce e é recoberta pela maior floresta equatorial do mundo, correspondendo a 1/3 das reservas florestais da Terra.
Apesar de ser o maior estado brasileiro (Amazonas), possui a menor densidade demográfica humana, com menos de 10% da população do país, 7.652.500 habitantes.
Meios de transportes e Zona Franca
O transporte fluvial é ainda o mais importante, mas começa a ser complementado pelas rodovias federais, como a Transamazônica, a Belém - Brasília e a Manaus - Porto Velho. O aeroporto de Manaus tornou-se um dos principais do país em volume de carga embarcada, sendo utilizado para o escoamento da produção das indústrias eletrônicas da Zona Franca, estabelecida em 1967como área livre de importação e exportação. Nessa área, as mercadorias procedentes do exterior não pagam impostos de importação, quando se destinam ao consumo local, às indústrias da região, ou à reestocagem para reexportação.
Economia
A economia é dominada pelo extrativismo vegetal, exercido sobre uma flora com enorme variedade de espécies. Além da seringueira e do caucho, de onde se extrai a borracha, são coletadas a castanha-do-pará, vários tipos de madeira, gomas, guaraná, babaçu, malva e muitas outras. O extrativismo mineral, de gemas e pedras preciosas começa a assumir maior importância, já que a região possui inúmeros recursos, até hoje pouco explorados: ouro no Pará, no Amazonas, em Roraima e no Amapá; ferro no Pará (serra dos Carajás), no Amapá e no Amazonas; sal-gema no Amazonas e no Pará; manganês no Amapá (serra do Navio), no Pará e no Amazonas; bauxita no Pará (Oriximiná, no rio Trombetas, e em Tucuruí), além de calcário, cassiterita, linhita, gipsita, cobre, estanho, chumbo, caulim, diamante e níquel.
Na agricultura, as principais lavouras são as de juta, pimenta-do-reino, arroz, milho, cacau e mandioca. A criação de gado bovino concentra-se na região de Marajó, nos arredores de Porto Velho (Roraima), no Amapá e no norte dos Estados de Tocantins e Mato Grosso. A pesca do pirarucu e de outros peixes serve ao consumo local. Várias hidrelétricas, como as de Tucuruí, no rio Tocantins, no Estado do Pará, e a de Balbina, no Estado do Amazonas, próxima de Manaus, foram construídas.
Desmatamento da Floresta Amazônica
A Amazônia abriga 33% das florestas tropicais do planeta e cerca de 30% das espécies conhecidas de flora e fauna. Hoje, a área total vítima do desmatamento da floresta corresponde a mais de 350 mil Km2, a um ritmo de 20 hectares por minuto, 30 mil por dia e 8 milhões por ano. Com esse processo, diversas espécies, muitas delas nem sequer identificadas pelo homem, desapareceram da Amazônia. Sobretudo a partir de 1988, desencadeou-se uma discussão internacional a respeito do papel da Amazônia no equilíbrio da biosfera e das conseqüências da devastação que, segundo os especialistas, pode inclusive alterar o clima da Terra.

Povos primitivos
A Amazônia é um dos poucos redutos do planeta onde ainda vivem povos humanos primitivos, dezenas de tribos que espalham-se em territórios dentro da mata, mantendo seus próprios costumes, linguagens e culturas, inalterados por milhares de anos. Antropólogos acreditam que ainda existam povos primitivos desconhecidos, vivendo nas regiões mais inóspitas e inacessíveis. As características do clima e do solo da região amazônica, pouco propícias à conservação de materiais, não deixaram muitos vestígios sobre a vida dos povos pré-colombianos. Mas o patrimônio arqueológico é precioso, com registros que chegam a 10.000 a.C. A riqueza da cerâmica, com suas pinturas elaboradas, demonstra que muitos desses povos atingiram um estágio avançado de organização social, sempre guiados por uma forte relação com a natureza.
Folclore
As origens do folclore da região amazônica se perdem no tempo, mas as raízes negras, indígenas e africanas continuam presentes e são encontradas em diversas manifestações culturais, mostrando influência de todos esses povos, transformada em rituais próprios e característicos da região. Na dança, na música como o carimbó, marabaixo e o boi-bumbá.
Tribos Indígenas:
Arara
Bororo
Gavião
Katukina
Kayapó
Kulína
Marubo
Sateré - Mawé
Tenharim
Tikuna
Tukâno
Wai-Wai
Yanomami
Chuvas e inundações na bacia amazônica
A bacia amazônica é um dos locais mais chuvosos do planeta, com índices pluviométricos anuais de mais de 2.000 mm por ano, podendo atingir 10.000 mm em algumas regiões. Durante os meses de chuva, a partir de dezembro, as águas sobem em média 10 metros, podendo atingir 18 metros em algumas áreas. Isso significa que durante metade do tempo, grande parte da planície amazônica fica submersa, caracterizando a maior área de floresta inundada do planeta, cobrindo uma área de 700.000 Km2.
Rio Amazonas
Em 1541, o espanhol Francisco de Orellana e seus homens navegavam no rio Napo (que desemboca em outro rio maior), a leste dos Andes. Passaram-se meses, e era incontável o número de afluentes que engrossavam as águas do imenso rio. A certa altura, a embarcação é atacada por um grupo de indígenas, que disparam flechas envenenadas. Orellana dá ordem para seus homens desviarem o barco, afastando-o do alcance dos índios. Após safar-se do perigo, Orellana, impressionado com o aspecto dos indígenas, que acredita serem mulheres, lembra-se das Amazonas - as guerreiras da mitologia grega - e batiza o rio que passa a se chamar rio das Amazonas.
O rio Amazonas começa no Peru, na confluência dos rios Ucayali e Maranõn. Entra no Brasil com o nome de Solimões e passa a chamar-se Amazonas quando recebe as águas do rio Negro, no interior do Estado do Amazonas.
No período das chuvas, os rio chega a crescer 16 metros acima de seu nível normal e inunda vastas extensões da planície, arrastando consigo terras e trechos da floresta. Sua largura média é de 12 quilômetros, atingindo freqüentemente mais de 60 quilômetros durante a época de cheia. As áreas alagadas influenciadas pela rede hídrica do Amazonas, formam uma bacia de inundação muito maior que muitos países da Europa juntos. Apenas a ilha do Marajó, na foz do Amazonas, é maior que a Suíça.
O rio Amazonas conta com mais de 1.000 afluentes e é o maior e mais largo rio do mundo e o principal responsável pelo desenvolvimento da floresta Amazônica. O volume de suas águas representa 20% de toda a água presente nos rios do planeta. Têm extensão de 6.400 quilômetros, vazão de 190.000 metros cúbicos por segundo (16 vezes maior que a do rio Nilo). Na foz, onde deságua no mar, a sua largura é de 320 quilômetros. A profundidade média é de 30 a 40 metros.
O rio Amazonas disputa com o Nilo o título de maior rio do mundo, mas é imbatível em volume d'água. Recebe cerca de 200.00 Km2 água por segundo e, em alguns pontos, o rio é tão largo que não dá para ver a outra margem.
Pororoca
Na foz do rio Amazonas, quando a maré sobe, ocorrem choques de águas, elevando vagalhões que podem ocasionar naufrágios e são ouvidos a quilômetros de distância, é a pororoca.
O volume de água do rio Amazonas é tão grande que sua foz, ao contrário dos outros rios, consegue empurrar a água do mar por muitos quilômetros. O oceano atlântico só consegue reverter isso durante a lua nova quando, finalmente, vence a resistência do rio. O choque entre as águas provoca ondas que podem alcançar até 5m e avança rio adentro. Este choque das águas tem uma força tão grande que é capaz de derrubar árvores e modificar o leito do rio.
No dialeto indígena do baixo Amazonas o fenômeno da pororoca tem o seu significado exato, poroc-poroc, que significa destruidor.
Embora a pororoca aconteça todos os dias, o período de maior intensidade no Brasil acontece entre janeiro e maio e não é um fenômeno exclusivo do Amazonas. Acontece nos estuários rasos de todos rios que desembocam no golfo amazônico e no rio Araguari, no litoral do Estado do Amapá, e também nos rios Sena e Ganges.
Rio Negro
Suas águas são mesmo muito escuras. Isso acontece por causa da decomposição da matéria orgânica vegetal que cobre o solo das florestas e é carregada pela inundações.
Como a água é muito ácida e pobre em nutrientes, é este processo que garante a maior parte dos alimentos consumidos pela fauna aquática.
Rio Solimões
Quando o rio Solimões se encontra com o Negro (ganhando o nome de rio Amazonas), ele fica bicolor. Isso acontece por que as águas, com cores contrastantes, percorrem vários quilômetros sem se misturar.
Leia também:
Índios: história, tribos e cultura indígena
Biodiversidade

:: CAATINGA

:: CAATINGA


Pluviselva - Trekking & Biking - Mapas

BiomasCaatinga

El bioma "Caatinga" , que en la lengua indígena tupi-guarani significa Bosque Blanco, está localizado en la región nordeste de Brasil entre el bioma Bosque Atlántico y el bioma Cerrado (veja mapa). La Caatinga es una sabana - estépica con fisonomía de desierto, que se caracteriza por un clima semi - árido con pocas y irregulares precipitaciones, suelos bastante fértiles y una vegetación aparentemente seca.
El bioma Caatinga abarca cerca de 850.000 km2 (10% del territorio brasileño), dos cuales 200.000 km2, en 2001, fueron reconocidos como
Reserva de Biosfera. El Parque Nacional Serra da Capivara fue declarado Patrimonio Mundial por la UNESCO em 1991.


La Caatinga se desenvuelve sobre terrenos cristalinos y macizos antiguos con cobertura sedimentar. A pesar de poco profundos y as veces salinos, los
suelos de la Caatinga contienen una buena cuantidad de los minerales básicos para las plantas (diferente del Cerrado). El mayor problema de la Caatinga es realmente la incerteza y la escasez de las lluvias (la mayoría de los ríos secan en el verano). Una irrigación bien planeada y ejecutada transformaría la Caatinga quase en un jardín.
La Caatinga presenta tres extractos: arbóreo (8 a 12 metros), arbustivo (2 a 5 metros) y herbáceo (abajo de 2 metros). La vegetación adaptó-se al clima seco para se proteger. Las hojas, por ejemplo, son finas o inexistentes. Algunas plantas almacenan agua, como los
cactus, otras se caracterizan por tener raíces prácticamente en la superficie del suelo para absorber lo máximo de la lluvia. La mayoría de los animales de la Caatinga tienen hábitos nocturnos. (veja también
A pesar de que el
Ecosistema Caatinga es poco conocido, los estudios existentes identifican hasta ahora una gama de especies bastante amplia. La biodiversidad de la Caatinga se compone de mínimo 1,200 especies de plantas vasculares, 185 especies de peces, 44 lizards, 9 amphisbaenians, 47 serpientes, 4 tartarugas, 3 crocodilos, 49 anfibios, 350 pájaros y 80 mamíferos. El porcentaje de endemismo es muy alta entre las plantas vasculares (apr. 30%), y un poco menor en caso de los vertebrados (hasta 10%). (veja también Caatinga - WWF)

:: FLORESTA MISTA

Floresta Mista e Pradaria
A floresta mista, não é propriamente um bioma, mas sim uma mistura, pois faz a transição entre o bioma de floresta caducifólia e a taiga (que veremos adiante). Chama-se floresta mista porque é composta por vegetação de folha caduca, bem como de árvores de folha persistente, principalmente coníferas. A floresta mista surge em regiões onde a precipitação é relativamente mais abundante, no que respeita a clima temperado continental. A pradaria, já é considerado bioma, e é constituída por vegetação herbácea, relativamente alta, contínua, muito densa, formando grandes extensões. Por vezes também é designada por estepe temperada. Este imenso manto herbáceo chega ocasionalmente a ultrapassar os 2 metros de altura. Como o clima é rigoroso, praticamente não existem árvores, embora estas surjam com freqüência nas encostas montanhosas e ao longo dos cursos de água.

:: FLORESTA CADUCIFÓLIA




miércoles

:: FLORESTA CADUCIFÓLIA

Floresta temperada ou floresta decídua temperada, ou ainda, floresta caducifólia, por causa da queda das suas folhas no período do Inverno, é um bioma encontrado nas regiões situadas entre os pólos e os trópicos, característica das zonas temperadas húmidas e abrange o oeste e centro da Europa, leste da Ásia (Coreia, Japão, e partes da China) e o leste dos Estados Unidos. Situa-se, pois, abaixo da Taiga.As temperaturas médias anuais são moderadas, embora a temperatura média vá cariando ao longo do ano. As quatro estações do ano encontram-se bem definidas. Os índices pluviométricos atingem médias entre 75 a 100 centímetros por ano. A energia solar que vai incindindo nas regiões de florestas temperadas é maior do que, por exemplo, nas tundras, e consegue atingir mais facilmente o solo, pois existem espaços maiores entre a copa das árvores do que, por exemplo, nas florestas tropicais.
Fonte: http://naturalista.vr9.com/nociones/bosque/templado.html
O solo destas florestas é muito rico em nutrientes devido, sobretudo, ao processo natural de decomposição das folhas que vai enriquecendo o solo em nutrientes. A acumulação de matéria orgãnica dá-se, sobretudo nos primeiros horizontes do solo, que possuem, por isso, uma cor mais escura.A vegetação das florestas temperadas é variada, desde as coníferas e árvores com folhas largas caducas, como as das florestas da Europa e da América do Norte, às árvores de folhas largas que se mantêm verdes todo o ano, típicas da Flórida e Sul da Nova Zelândia. Há vários tipos de florestas temperadas, mas as árvores de folha caduca são predominantes, embora apresentem também árvores de folha persistente, cujas folhas se encontram transformadas em agulhas.A vegetação apresenta variações sazonais e o seu crescimento ocorre, sobretudo, na Primavera e no Verão.
Embora predominem as árvores, existem também arbustos e plantas herbáceas.A cobertura vegetal pode apresentar até quatro estratos, desde grandes árvores até plantas rasteiras. Aparecem faias, carvalhos (como o carvalho-roble), castanheiros, abetos (como o abeto branco ou abeto do Canadá, muito frequente na Europa Central) e pinheiros (como o Pinheiro silvestre, comum em vários países da Europa e o Pinheiro-negro). Os abetos encontram-se preferencialmente em solos ricos e húmidos enquanto que os pinheiros, se encontram em solos pobres.
A fauna é variada e podem encontrar-se javalis, gatos bravos, linces, lobos, raposas, esquilos, veados, ursos, martas, muitos insectos, répteis e aves diversas, algumas de grande porte (águia de asa redonda, águia-real, ...). Aparecem ainda muitos invertebrados.Nalgumas regiões, como forma de adaptação às baixas temperaturas do Inverno, alguns animais migram enquanto que outros hibernam. Outros ainda, como os esquilos, armazenam comida para ser usada durante o Inverno.

:: MATA ARAUCARIAS

:: MATA ARAUCARIAS

CARACTERÍSTICAS GERAIS A presença da mata de Araucária, sem dúvida, é o elemento que mais se distingue na fitofisionomia do Sul do Brasil. Ela se encontra ao longo do Planalto Meridional, nos estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. De modo geral pode-se dizer que seu aparecimento se acha ligado ao clima, que é condicionado pelo relevo e pela altitude. Os planaltos constituem o seu habitat por excelência, sendo evitados os vales dos grandes rios. Essa região caracteriza-se por alto índice pluviométrico e por temperaturas moderadas. Para a Mata de Araucária, o solo não parece ser um fator primordialmente limitante, pois esta ocorre nos mais variados tipos de solos. Geralmente a quantidade de húmus no solo é muito grande. A araucária tem preferência por lençóis freáticos pouco profundos. O pinheiro tem extrato arbóreo homogêneo, as folhas são muito agudas e sésseis. A árvore pode ter até 25 metros de altura e o tronco até 2 metros de diâmetro. Essa mata subtropical está associada à epífitas, palmeiras e samambaias. DEGRADAÇÃO Para a economia florestal e madeireira do país esta é a região mais importante. A Araucária e a Imbuia são usadas pelas indústrias moveleiras e de papel celulose. A exploração madeireira é a responsável direta pela ameaça à Imbuia, assim como ao Pinheiro-do-Paraná, que é uma das espécies mais extraídas do sul do Brasil. A destruição dessas matas, sem deixar reservas em seu lugar, vem aumentando gradativamente a variação das precipitações na região Sul. Com os loteamentos, a derrubada de árvores em encostas íngremes, as queimadas para formação de pastos e a instalação de indústrias, terminam por provocar deslizamentos de terra e enchentes, dos quais o homem acaba sendo a principal vítima.

:: MATA ATLÂNTICA


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A preservação
Atualmente existem menos de 10% da mata nativa. Existem diversos projetos de recuperação da Mata Atlântica, que esbarram sempre na urbanização e o não planejamento do espaço, principalmente na região Sudeste. Existem algumas áreas de preservação em alguns trechos em cidades como São Sebastião (litoral norte de São Paulo).
No Paraná, graças à reação cultural da população, à criação de APAs (Áreas de Preservação Ambiental), apoiadas por uma legislação rígida e fiscalização intensiva dos cidadãos, aparentemente a derrubada da floresta foi freada e o pequeno remanescente dessa vegetação preserva um alto nível de biodiversidade, das quais estão o mico-leão-dourado, as orquídeas e as bromélias.
Um trabalho coordenado por pesquisadores do Instituto Florestal de São Paulo mostrou que, neste início de século, a área com vegetação natural em São Paulo aumentou 3,8% (1,2 quilômetro quadrado) em relação à existente há dez anos. O crescimento, ainda tímido, concentrou-se na faixa de Mata Atlântica, o ecossistema mais extenso do estado.
A Constituição Federal de 1988 coloca a Mata Atlântica como patrimônio nacional, junto com a Floresta Amazônica brasileira, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira. A derrubada da mata secundária é regulamentada por leis posteriores, já a derrubada da mata primária é proibida.
A Política da Mata Atlântica (Diretrizes para a politica de conservação e desenvolvimetnto sustentável da Mata Atlântica), de 1998, contempla a preservação da biodiversidade, o desenvolvimento sustentável dos recursos naturais e a recuperação das áreas degradadas.
Há milhares de ONGs, órgãos governamentais e grupos de cidadãos espalhados pelo país que se empenham na preservação e revegetação da Mata Atlântica. A Rede de ONGs Mata Atlântica tem um projeto de monitoramento participativo, e desenvolveu com o Instituto Socio-Ambiental um dossiê da Mata, por municípios do domínio original.

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A vida é mais intensa no estrato alto, nas copas das árvores, que se tocam, formando uma camada contínua. Algumas podem chegar a 60 m de altura. Esta cobertura forma uma região de sombra que cria o microclima típico da mata, sempre úmido e sombreado. Desta forma, há uma estratificação da vegetação, criando diferentes habitats nos quais a diversificada fauna vive. Conforme a abordagem, encontram-se de seis a onze estratos na Mata Atlântica, em camadas sobrepostas.
Da flora, 55% das espécies arbóreas e 40% das não-arbóreas são endêmicas (ocorrem apenas na Mata Atlântica). Das bromélias, 70% são endêmicas dessa formação vegetal, palmeiras, 64%. Estima-se que 8 mil espécies vegetais sejam endêmicas da Mata Atlântica.
Observa-se também que 39% dos mamíferos dessa floresta são endêmicos, inclusive mais de 15% dos primatas, como o mico-leão-dourado. Das aves 160 espécies, e dos anfíbios 183, são endêmicas da Mata Atlântica.

[editar] Espécies endêmicas ameaçadas de extinção

Mico-Leão litoral do Paraná foto rara tirada a 500 metros de distância aproximadamente
É possível que muitas espécies tenham sido extintas sem mesmo terem sido catalogadas. Estima-se que 171 espécies de animais, sendo 88 de aves, endêmicas da Mata Atlântica, estão ameaçadas de extinção. Segundo o relatório mais recente do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - Ibama, entre essas espécies estão o muriqui, mico-leão-dourado, bugio, tatu, tamanduá, entre outros.

[editar] Recordes mundiais da Mata Atlântica
454 espécies de árvores por hectare – no Sul da Bahia.
Animais: aproximadamente 1.600.000 espécies, incluindo insetos
Mamíferos, aves, répteis e anfíbios: 1361 espécies, 567 endêmicas
2 % de todas as espécies do planeta somente para estes grupos de vertebrados A vida é mais intensa no estrato alto, nas copas das árvores, que se tocam, formando uma camada contínua. Algumas podem chegar a 60 m de altura. Esta cobertura forma uma região de sombra que cria o microclima típico da mata, sempre úmido e sombreado. Desta forma, há uma estratificação da vegetação, criando diferentes habitats nos quais a diversificada fauna vive. Conforme a abordagem, encontram-se de seis a onze estratos na Mata Atlântica, em camadas sobrepostas.
Da flora, 55% das espécies arbóreas e 40% das não-arbóreas são endêmicas (ocorrem apenas na Mata Atlântica). Das bromélias, 70% são endêmicas dessa formação vegetal, palmeiras, 64%. Estima-se que 8 mil espécies vegetais sejam endêmicas da Mata Atlântica.
Observa-se também que 39% dos mamíferos dessa floresta são endêmicos, inclusive mais de 15% dos primatas, como o mico-leão-dourado. Das aves 160 espécies, e dos anfíbios 183, são endêmicas da Mata Atlântica.

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A biodiversidade
Nas regiões onde ainda existe, a Mata Atlântica caracteriza-se pela vegetação exuberante, com acentuado higrofitismo. Entre as espécies mais comuns encontram-se algumas briófitas, cipós, e orquídeas.

Foto tirada na Estrada da Graciosa, Paraná
A fauna endêmica é formada principalmente por anfíbios (grande variedade de anuros), mamíferos e aves das mais diversas espécies. É uma das áreas mais sujeitas a precipitação no Brasil. As chuvas são orográficas, em função das elevações do planalto e das serras.
A biodiversidade da Mata Atlântica é maior mesmo que a da Amazônia. Há subdivisões da mata, devidas a variações de latitude e altitude. Há ainda formações pioneiras, seja por condições climáticas, seja por recuperação, zonas de campos de altitude e enclaves de tensão por contato. A interface com estas áreas cria condições particulares de fauna e flora.

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O descobrimento e a exploração da Mata
Logo em seguida ao descobrimento, praticamente toda a vegetação atlântica foi destruída devido à exploração intensiva e desordenada da floresta. O pau-brasil foi o principal alvo de extração e exportação dos exploradores que colonizaram a região e hoje está quase extinto. O primeiro contrato comercial para a exploração do pau-brasil foi em 1502, o que levou o Brasil a ser conhecido como "Terra Brasilis", ligando o nome do país à destruição ecológica. Outras madeiras de valor também foram exauridas: tapinhoã, sucupira, canela, canjarana, jacarandá, araribá, pequi, jenipaparana, peroba, urucurana e vinhático.

Esta foto foi tirada um dia antes da terraplanagem de uma grande área de Mata Atlântica no litoral sul do Estado de São Paulo divisa com Paraná em 1998, para construção de um grande condomínio de luxo
Os relatos antigos falam de uma floresta densa aparentemente intocada, apesar de habitada por vários povos indígenas com populações numerosas. A Mata Atlântica fez parte da inspiração utópica para o renascimento do mito do paraíso terrestre, em obras como as de Tommaso Campanella e Bacon.
No nordeste brasileiro a extinção foi total, o que agravou as condições de sobrevivência da população, causando fome, miséria e êxodo rural só comparados às regiões mais pobres do mundo. Nesta região, seguindo a derrubada da mata, vieram plantações de cana-de-açúcar; na região sul, foi a cultura do café a principal responsável pela destruição total da vegetação nativa, restando uma área muito pequena para a preservação de espécies; estas foram postas em risco pela poluição ambiental ocasionada pela emissão de agentes nocivos à sua sobrevivência.
Além da exploração de recursos florestais, houve um significativo comércio exportador de couros e peles de onça (que chegou ao preço de um boi), anta, cobras, capivara, cotia, lontra, jacaré, jaguatirica, paca, veado, e outros animais, de penas e plumas e carapaças de tartarugas.
Ao longo da história, personagens como José Bonifácio de Andrada e Silva, Joaquim Nabuco e Euclides da Cunha protestaram contra o modelo predatório de exploração.
Hoje, praticamente 90% da Mata Atlântica em toda a extensão territorial brasileira está totalmente destruída. Do que restou, acredita-se que 75% está sob risco de extinção total, necessitando de atitudes urgentes de órgãos mundiais de preservação ambiental às espécies que estão sendo eliminadas da natureza aceleradamente. Os remanescentes da Mata Atlântica situam-se principalmente nas Serras do Mar e da Mantiqueira, de relevo acidentado.
Exemplos claros da destruição da mata são a Ilha Grande e Serra da Bocaina, e muitas regiões do Estado do Rio de Janeiro.
Entre 1990 e 1995, cerca de 500.317 ha foram desmatados. É a segunda floresta mais ameaçada de extinção do mundo. Este ritmo de desmatamento é 2,5 vezes superior ao encontrado na Amazônia no mesmo período.
Em relação à exuberância do passado, poucas espécies sobreviveram à destruição intensiva. Elas se encontram nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo e Paraná, sendo que existe a ameaça constante da poluição e da especulação imobiliária.O descobrimento e a exploração da Mata
Logo em seguida ao descobrimento, praticamente toda a vegetação atlântica foi destruída devido à exploração intensiva e desordenada da floresta. O pau-brasil foi o principal alvo de extração e exportação dos exploradores que colonizaram a região e hoje está quase extinto. O primeiro contrato comercial para a exploração do pau-brasil foi em 1502, o que levou o Brasil a ser conhecido como "Terra Brasilis", ligando o nome do país à destruição ecológica. Outras madeiras de valor também foram exauridas: tapinhoã, sucupira, canela, canjarana, jacarandá, araribá, pequi, jenipaparana, peroba, urucurana e vinhático.

Esta foto foi tirada um dia antes da terraplanagem de uma grande área de Mata Atlântica no litoral sul do Estado de São Paulo divisa com Paraná em 1998, para construção de um grande condomínio de luxo
Os relatos antigos falam de uma floresta densa aparentemente intocada, apesar de habitada por vários povos indígenas com populações numerosas. A Mata Atlântica fez parte da inspiração utópica para o renascimento do mito do paraíso terrestre, em obras como as de Tommaso Campanella e Bacon.
No nordeste brasileiro a extinção foi total, o que agravou as condições de sobrevivência da população, causando fome, miséria e êxodo rural só comparados às regiões mais pobres do mundo. Nesta região, seguindo a derrubada da mata, vieram plantações de cana-de-açúcar; na região sul, foi a cultura do café a principal responsável pela destruição total da vegetação nativa, restando uma área muito pequena para a preservação de espécies; estas foram postas em risco pela poluição ambiental ocasionada pela emissão de agentes nocivos à sua sobrevivência.
Além da exploração de recursos florestais, houve um significativo comércio exportador de couros e peles de onça (que chegou ao preço de um boi), anta, cobras, capivara, cotia, lontra, jacaré, jaguatirica, paca, veado, e outros animais, de penas e plumas e carapaças de tartarugas.
Ao longo da história, personagens como José Bonifácio de Andrada e Silva, Joaquim Nabuco e Euclides da Cunha protestaram contra o modelo predatório de exploração.
Hoje, praticamente 90% da Mata Atlântica em toda a extensão territorial brasileira está totalmente destruída. Do que restou, acredita-se que 75% está sob risco de extinção total, necessitando de atitudes urgentes de órgãos mundiais de preservação ambiental às espécies que estão sendo eliminadas da natureza aceleradamente. Os remanescentes da Mata Atlântica situam-se principalmente nas Serras do Mar e da Mantiqueira, de relevo acidentado.
Exemplos claros da destruição da mata são a Ilha Grande e Serra da Bocaina, e muitas regiões do Estado do Rio de Janeiro.
Entre 1990 e 1995, cerca de 500.317 ha foram desmatados. É a segunda floresta mais ameaçada de extinção do mundo. Este ritmo de desmatamento é 2,5 vezes superior ao encontrado na Amazônia no mesmo período.
Em relação à exuberância do passado, poucas espécies sobreviveram à destruição intensiva. Elas se encontram nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo e Paraná, sendo que existe a ameaça constante da poluição e da especulação imobiliária.

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Mata Atlântica
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Paisagem da Mata Atlântica

Cachoeira da França - Juquitiba/SP - Área de Proteção de Mananciais e Mata Atlântica ao lado de São Paulo
A Mata Atlântica é uma formação vegetal brasileira. Acompanhava o litoral do país do Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte (regiões meridional e nordeste). Nas regiões Sul e Sudeste chegava até Argentina e Paraguai. Em função do desmatamento, principalmente a partir do século XX, encontra-se hoje extremamente reduzida, sendo uma das florestas tropicais mais ameaçadas do globo. Apesar de reduzida a poucos fragmentos, na sua maioria descontínuos, a biodiversidade de seu ecossistema é uma dos maiores do planeta. Cobria importantes trechos de serras e escarpas do Planalto Brasileiro, e era contínua com a Floresta Amazônica. Foi a segunda maior floresta tropical em ocorrência e importância na América do Sul, em especial no Brasil.
A área de domínio (área cuja vegetação clímax era esta formação vegetal) abrangia total ou parcialmente dezessete estados:
Alagoas, cobria originalmente 52% da área do estado.
Bahia, 31%
Ceará, 3%
Espírito Santo, 100%
Goiás, 3%
Mato Grosso do Sul, 14%
Minas Gerais, 45%
Paraíba, 12%
Paraná, 97%
Pernambuco, 18%
Piauí, 9%
Rio de Janeiro, 99%
Rio Grande do Norte, 6%
Rio Grande do Sul, 47%
Santa Catarina, 99%
São Paulo, 80%
Sergipe, 32%
A área original era 1.290.692,46 km², 15% do território brasileiro. Atualmente o remanescente é 95.000 km², 7,3% da área original.v

domingo

:: HELICONIAS

:: HELICONIAS

Plantio
Época ideal: período mais frio do ano
Temperatura: 21°C noturna e 26°C diurna
Luminosidade: entre 60 a 40% no verão para evitar altas temperaturas do solo, após as folhas cobrirem o sol, a luz pode ser gradualmente aumentada, até a insolação total, ou mantida a 70%.
Substrato: Recomenda-se utilizar, inicialmente, vermiculita, perlita, entre outros, e depois transplantar as mudas para o local definitivo.
Profundidade: 10 cm para o plantio de rizomas em canteiros
pH adequado ao cultivo: entre 4,5 e 6,5
Luz e temperaturaAs helicônias, dependendo da espécie, podem ser cultivadas desde a pleno sol até em locais sombreados. Deve-se das preferência por espécies de cultivo a pleno sol, por exigirem um menor investimento. Todas as espécies citadas acima como as mais procuradas como flores de corte são indicadas para o cultivo a pleno sol.Em condições de campo, em cultivos muito adensados, pode ocorrer o estiolamento das plantas, pois há dificuldade de penetração da luz no centro dos canteiros. A faixa de temperatura ideal para a produção de helicônias situa-se entre 21 e 35 graus C, sendo que quanto mais alta a temperatura, maior é a produção e mais rápido é o desenvolvimento.Temperaturas inferiores a 15oC são prejudiciais ao desenvolvimento normal das plantas. Abaixo de 10 graus C, o crescimento cessa. Recomenda-se evitar locais onde existam variações superiores a 10 graus C entre as temperaturas diurnas e noturnas. Além disso, as helicônias exigem alta umidade relativa.
Adubação e irrigaçãoA adubação influencia bastante o crescimento e a produção de flores, principalmente sob alta luminosidade. Além disso, as helicônias são plantas que preferem solo levemente ácido. Se for necessário corrigir o solo para obter o grau de acidez adequado ao cultivo (pH entre 4,5 e 6,5), recomenda-se a adição de calcário dolomítico em adição aos macro e micronutrientes, cerca de 30 dias antes do plantio. Já por ocasião do plantio, o ideal é fazer uma adubação orgânica, incorporando-se ao solo folhas decompostas e esterco de curral curtido (40 l/metro de canteiro). Adubações parceladas em duas a três vezes ao ano com 3 kg/m2 da fórmula NPK 18-6-12 resultam num rápido desenvolvimento e florescimento. A irrigação deve ser abundante, principalmente após a emissão das folhas, mantendo a umidade do solo. Em locais secos, é recomendável realizar irrigações duas a três vezes por semana, evitando-se encharcar o solo. Os métodos mais indicados são o gotejamento e a aspersão baixa. Por outro lado, a aspersão alta não deve ser empregada, pois as gotas de água podem atingir as inflorescências ou mesmo se depositar no interior da brácteas das inflorescências eretas, causando o apodrecimento das flores e favorecendo a proliferação de insetos.
Tratos culturais, pragas e doençasAs touceiras devem ser divididas e replantadas após dois anos de cultivo. Para evitar o adensamento das touceiras, o ideal é cortar ao nível do solo as hastes que já tenham florescido. Algumas vezes é necessário o tutoramento das plantas, usando-se suportes de fio de arame esticados ao longo dos canteiros, para evitar o tombamento pela ação do vento ou do próprio peso.Anualmente, deve-se fazer a cobertura dos canteiros com matéria orgânica, usando-se restos de folhas, bagaço ou outros compostos disponíveis.Quanto às pragas e doenças, o principal problema da cultura é a ocorrência de nematóides, que exigem para seu controle o tratamento do solo antes do plantio. É rara a ocorrência de ácaros, cochonilhas e pulgões. Entre as doenças, destacam-se as fúngicas, causadas principalmente por Phytophtora e Pythium.
Fonte: "Aspectos Técnicos da Produção de Helicônias para Exportação", trabalho realizado por Carlos Eduardo Ferreira de Castro para o Programa Frupex (Programa de Apoio à Produção e Exportação de Frutas Hortaliças, Flores e Plantas Ornamentais) do Ministério da Agricultura.

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Cultivo O espaçamento para o cultivo de helicônias dependerá da espécie utilizada. Espécies que apresentam inflorescências leves e eretas devem ser plantadas num espaçamento de 30 cm entre si, com uma densidade de três plantas por metro linear. O plantio é efetuado no centro de canteiros com largura de 0,9m. Canteiros muito largos dificultam a colheita das inflorescências, além de favorecer o desenvolvimento de plantas estioladas na parte central pela dificuldade de penetração da luz. Entre os canteiros, recomenda-se distâncias entre 1,0 a 1,5m.Para espécies que produzem flores pesadas, eretas ou pendentes e que formam touceiras grandes, com plantas acima de 1,5m de altura, recomenda-se um espaçamento de 0,8 x 0,8 m ou mais, também em canteiros distanciados entre si por 1,0 a 1,5 m. O pseudocaule velho eventualmente morre, mas outros novos se desenvolvem na base da planta. A brotação e o desenvolvimento de novas raízes normalmente acontece cerca de 3 a 4 semanas após o plantio.

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PropagaçãoAs helicônias podem ser multiplicadas tanto por meio de sementes como por divisão de rizomas. As espécies de helicônias têm sobrevivido por cenetenas de anos graças à bem-sucedida relação de troca com seus agentes polinizadores (beija-flores e morcegos) e dispersores de sementes (roedores, pássaros e esquilos). A planta fornece a eles néctar rico em carboidratos e a polpa de seus frutos e, em troca, os polinizadores transferem o pólen e os dispersores distribuem as sementes. Quando cultivadas fora do seu habitat natural, distantes dos polinizadores, muitas espécies podem não chegar a produzir sementes. As sementes devem também estar maduras e frescas e necessitam de luz para germinar. Cada fruto normalmente contém três sementes que podem estar envolvidas por um endocarpo bastante duro, o que pode dificultar a germinação. A condição ideal é semeá-las em ambiente úmido, ensolarado e quente (25 a 35oC), sendo aconselhado um tratamento com fungicidas para prevenir podridões. Para a maioria das espécies, a germinação das sementes de helicônias ocorre no prazo de 120 dias, mas algumas chegam a levar três anos. Um método prático para favorecer a germinação de sementes é colocá-las em sacos plásticos com vermiculita ou esfagno umedecidos, em ambiente quente e sombreado até que germinem, quando, então, devem ser plantadas.O método de propagação por divisão de rizomas é mais utilizado. Os rizomas são caules especializados que crescem horizontalmente, tanto acima como abaixo da superfície do solo. As helicônias apresentam um rizoma do tipo "ramificado". Normalmente, as novas brotações desenvolvem-se na base de um pseudocaule vertical. A divisão do sistema de rizomas envolve tanto o rizoma horizontal como os pseudocaules verticais.Para a propagação, recomenda-se uma porção de rizoma medindo no mínimo de 10 a 12,5 cm, constituída de três a cinco pseudocaules (cortados com 20 a 30 cm de comprimento), com gemas basais associadas e livres de partículas de solo. Depois de lavadas e retiradas as porções mortas, o rizoma deve receber outros cuidados fitossanitários, com a aplicação de inseticidas e fungicidas, visando o controle de fungos, insetos e nematóides (neste caso, o controle pode ser feito com água quente, entre 40 a 42 graus C, durante 15 a 30 minutos, dependendo do tamanho da porção). Um método prático para a propagação consiste na colocação do rizoma já desinfetado em sacos plásticos escuros, fechados e protegidos do sol, colocando-se papel umedecido no interior da embalagem. Mantém-se por um período de duas a três semanas, quando se inicia o desenvolvimento das raízes. Quando estas já se encontram bem expandidas, pode-se proceder o plantio.

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Geófitas e ricas em néctar As helicônias são plantas herbáceas rizomatosas, que medem de 50 cm a 10 metros de altura, conforme a espécie. As folhas apresentam-se em vários tamanhos. As espécies possuem um rizoma subterrâneo que normalmente é usado na propagação. As inflorescências podem ser eretas ou pendentes, com as brácteas distribuídas no eixo num mesmo plano ou planos diferentes. Uma única espécie, a H. reptans Abalo e Morales apresenta a inflorescência na posição horizontal, distendendo-se junto ao solo em seu desenvolvimento.As flores da helicônia são apreciadas pelos beija-flores pois são ricas em néctar. O fruto, tipo baga, é de cor verde ou amarelo, quando imaturo, e azul escuro na maturação completa. Geralmente abriga uma a três sementes, com 1,5 cm de diâmetro. Quanto à forma de reprodução, é interessante observar que as helicônias são consideradas geófitas, ou seja, se reproduzem não somente pelas suas sementes, mas também por seus órgãos subterrâneos especializados, cuja principal função é servir como fonte de reservas, nutrientes e água para o desenvolvimento sazonal e, assim, assegurar a sobrevivência das espécies. O período de florescimento da planta varia de espécie para espécie e é afetado pelas condições climáticas. O pico de produção normalmente ocorre no início do verão, declina no outono e cessa no inverno, quando a temperatura média se aproxima de 10º.As helicônias vêm apresentando crescente comercialização no mercado internacional em função do aumento da área de produção nos países da América Central e da América do Sul, o que proporciona uma maior oferta do produto e sua maior divulgação. Os principais países produtores são Jamaica, Costa Rica, Estados Unidos (Havaí e Flórida), Honduras, Porto Rico, Suriname e Venezuela. Existem também cultivos comerciais na Holanda, Alemanha, Dinamarca e Itália, mas sob condições protegidas. No Brasil, vêm áreas de cultivo já são encontradas nos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Pernambuco, com expansão para os Estados do Amazonas e Ceará. Entre as espécies e híbridos mais comercializados como flores de corte, destacam-se: H. psittacorum, H. bihai, H. chartaceae, H. caribaea, H. wagneriana, H.stricta ,H. rostrata, H. farinosa. Os principais países importadores são os Estados Unidos, a Holanda, a Alemanha, a Dinamarca, a Itália, a França e o Japão.As inflorescências pendentes são mais valiosas no mercado, mas seu cultivo é mais difícil, a produção é menor e é alto o investimento em manuseio, embalagem e transporte